Educação a distância

Por Nathaly Figueiredo

 No último ano, em 2020, muito se alterou acerca das metodologias aplicadas a educação. Discentes e docentes tiveram que se adaptar a modalidade a distância repentinamente. Aos docentes, o maior desafio: propiciar a seus alunos a continuidade dos conteúdos, porém em uma modalidade que exige disciplina e independência, como explica Saviani:

"Considera-se educação a distância a forma de ensino que se baseia no estudo ativo independente e possibilita ao estudante a escolha dos horários, da duração e do local de estudo, combinando a veiculação de cursos com material didático de autoinstrução e dispensando ou reduzindo a exigência da presença" (SAVIANI, 2008, p. 104).
Muito se tem questionado sobre a eficiência da modalidade a distância, visto que muitos alunos têm apresentado dificuldades em relação a aprendizagem. Porém, alguns questionamentos devem ser feitos: Tais alunos que vem apresentando dificuldades, já as apresentavam na modalidade presencial? Seria então o problema é a modalidade ou a metodologia aplicada? O aluno em questão, demostrava interesse nas aulas presenciais? Qual o perfil desse aluno?


Os alunos dos ensinos infantil, fundamental e médio, tem sido seriamente afetados com a utilização da modalidade a distância nesse período de mudanças em 2020, pois em sua maioria, não estão habituados com a utilização da mesma. Para saber se a metodologia utilizada nesse processo ensino/aprendizagem está sendo eficiente, é importante o professor realizar um diagnóstico de seus alunos, a fim de verificar se o aluno já tinha dificuldades de aprendizagem na modalidade presencial. Se sim, qual seria a causa e se é possível saná-las a distância. É necessário que o professor conheça o seu aluno. Se possível, entre em contato com o mesmo, procure formas de ajudá-lo a superar tais dificuldades, inclusive contando com o suporte familiar do discente. No ensino EAD contamos com as mais diversas ferramentas de comunicação, o que facilita a interação entre alunos e professores. Sendo assim, é fundamental o professor utilizar todos os recursos a sua disposição, a fim de promover uma aprendizagem eficaz.
Muita das vezes, o problema não é a modalidade de educação, e sim as práticas pedagógicas, ou/e até mesmo o perfil do aluno, como elucida Fredric M. Litto (2014), "Não se pode forçar as pessoas a fazer cursos a distância, porque muitas não se adaptam a essa prática e precisam ter o professor ao lado" (apud ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO E INTERDISCIPLINARIDADE, 2019). Entretanto, considerando o momento atual, a alternativa mais viável é a modalidade de ensino a distância, seja preferência ou não do discente e do docente. Contudo, existem meios de estimular o discente, e ajudá-lo a superar suas dificuldades quanto a essa modalidade. Aos docentes, é preciso quebrar a barreira do conservadorismo em relação a educação a educação a distância, conhecer mais sobre sua bibliografia, e se valer dos seus benefícios 
Porém, se o aluno já apresentava dificuldades de aprendizagem anteriormente, no tocante a interesse, é muito provável que na modalidade a distância apresente ainda mais, visto que a autonomia no processo ensino/aprendizagem do aluno aumenta no ensino a distância, Para Belloni (2003),"Nos nossos dias atuais, na educação on-line, o estudante tornou-se um 'aprendente autônomo',  que é responsável pela sua aprendizagem, pelo seu próprio desenvolvimento, 'que é sujeito principal de sua aprendizagem'." (apud HERNANDES, 2017)
Assim sendo, aos professores, cabe a intervenção em suas práticas pedagógicas, se reinventar. Aproveitar as facilidades e ferramentas disponíveis no universo digital a fim de interagir com seus alunos, estimular a aprendizagem e despertar o interesse pela mesma. Aos alunos, espera-se comprometimento, disciplina e autonomia, uma vez que o processo de ensino/aprendizagem só é alcançado de forma eficaz, quando desempenhado por ambos os envolvidos.
A fim de entender melhor o que é educação a distância, e como podemos nos beneficiar dessa modalidade, sugerimos algumas obras. E lembrem-se, pesquisem, e agucem a busca por conhecimento, ele é incrível! (conselho para professores e alunos!).

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Referências:

ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO E INTERDISCIPLINARIDADE, 3., 2019, Mossoró. Base Curricular; saberes, culturas, e ciências: construção do currículo interdisciplinar na escola. Mossoró: UERN, 2019. Disponível em: <https://docplayer.com.br/148153860-Base-curricular-saberes-culturas-e-ciencias-construcao-do-curriculo-interdisciplinar-na-escola.html>. Acesso em: 31 mai. 2020.

HERNANDES, Paulo Romualdo. A Universidade Aberta do Brasil e a democratização do Ensino Superior Público. Ensaio: aval.pol.públ. Educ., Rio de Janeiro, v.25, n. 95, p. 283-307, abr. 2017. Disponível em:  <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40362017000200283&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 31 mai. 2020.

SAVIANI, DEMERVAL. A lei da educação. 13 ed. São Paulo: Autores Associados, 2008.

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